quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Uma visão panorâmica da fase mais romântica do rádio


O filme a era do rádio, dirigido e escrito por Woody Allen, mostra o tipo de programação transmitida pelo veículo na década de 30 e 40. De forma romântica e literária as abordagens feitas são seqüenciadas por uma narrativa do protagonista judeu da história. Nos programas radiofônicos, os fatos são detalhados minuciosamente, por
não possuir imagens.


O rádio ganha então um papel preponderante como veículo de comunicação de massa. A maneira mais utilizada de se manter informado sobre os acontecimentos seja na cidade ou até mesmo no mundo, pois dava a sensação de aproximação direta do expectador com os fatos. Dentre as narrativas do rádio acho fundamental frisar o ataque à base naval de Pearl Harbor e o resgate de uma menina presa no fundo de um poço, ambas as reportagens acompanhadas com apreensão pelos norte-americanos. Relatos jornalísticos apresentados a população de uma forma bem diferente do que é feito hoje.


Hoje, a maioria dos noticiários é narrada com certa distância, raramente encontramos discrições feitas como nos anos 30 e 40. No filme, fica explicito a principal forma de laser da família, sentar na sala e ouvir o programa radiofônico preferido, sendo muitas as opções, um programa para cada público. Por exemplo: a rádio novela, para a dona de casa e as mocinhas, o noticiário e esportes para os homens/chefes de casa e os enredos de super heróis para os meninos. Em nossas reuniões familiares o que reina hoje é a televisão e é claro, também tem um cardápio com opções de programas para escolhermos, sendo estes mais de entretenimento.


Uma das maiores demonstrações da influência da mídia na vida das pessoas, abordado no filme, é o programa de Orson Welles de H.G. Wells, transmitido no dia das Bruxas, relatos sobre invasões alienígenas que supostamente viriam à Terra. Mais é lógico que muitos acreditaram, se apavoraram e temeram essa invasão.


No mais, também tem Sally White, que almejava mais que tudo gravar uma novela ou cantar no rádio. Com o objetivo de realizar esse sonho, acaba caindo na lábia de alguns homens, enganada e usada, mas depois de um tempo consegue entrar definitivamente no mundo do radiofônico.


A era do rádio é então, a fase das descobertas, da criatividade e do romance. Uma vez que trabalhar nesse veículo de comunicação exige mais atenção, a era do rádio, sem sombra de dúvidas, expandiu a comunicação e abriu portas para a sociedade, estimulando o plano imaginário.

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